O corretor autônomo é uma das vagas de trabalho que serão ocupadas no país após a recuperação da economia que passou por uma forte crise nos últimos anos.
Segundo um estudo inédito realizado pelo Banco Santander neste ano, existe uma tendência que indica que dos 2 milhões de postos de trabalho do país, metade seja disponibilizado pelo empreendedorismo, seja pelos trabalhadores por conta própria e microempresas.
E o setor imobiliário é uma área bastante atraente para quem quer começar uma carreira de sucesso. Normalmente, é nessa hora que muitos profissionais cogitam filiar-se a boas imobiliárias ou incorporadoras.
Mas é justamente neste momento também que os mais empreendedores, no entanto, procuram investir e trabalhar com o objetivo de construir o seu próprio negócio. Por isso, atuar como corretor autônomo tem muitas vantagens a oferecer.
No post de hoje, você vai saber um pouco mais sobre o corretor autônomo, o que faz, e também conhecer as particularidades da filiação com uma imobiliária para decidir qual opção combina mais com o seu perfil.
O corretor de imóveis é profissional liberal ou autônomo?
É possível dizer que o corretor de imóveis pode ter ambas as características em sua atuação, porque tanto é permitido trabalhar de forma autônoma, por conta própria, ou ter contrato de corretor autônomo com imobiliária; estar vinculado a alguma imobiliária, sem vínculos empregatícios; e ainda ter características de profissional liberal por estar registrado em um conselho profissional.
O profissional liberal também precisa ter uma formação de nível universitário ou técnico, e a formação do corretor de imóveis é justamente um curso técnico em transações imobiliárias. No nível universitário, o corretor autônomo pode buscar o curso de Gestão em Negócios Imobiliários.
Trabalhando de forma independente ou não, a profissão de corretor de imóveis é regulamentada e todos os profissionais precisam de um registro no Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) para que estejam habilitados a exercer a profissão.
Além disso, o corretor autônomo ou ligado a uma imobiliária precisa seguir regras estabelecidas pelo Conselho de Ética dos Corretores.
De acordo com o próprio conselho, fica a critério do profissional vincular-se ou não a alguma imobiliária, já que ambas as opções são legais e extremamente seguras. É claro que o filiado possui mais responsabilidades, mas isso também pode render ganhos maiores.
O corretor autônomo, por outro lado, não possui um ponto fixo de atuação e tem a liberdade de atuar em qualquer local. Mas isso também não chega a ser uma desvantagem, já que a existência de um CNPJ pode passar mais segurança para o cliente.
Mas o corretor autônomo também vai precisar ir à prefeitura da cidade de onde morar para saber quais são os procedimentos para atuar de forma autônoma e ter um escritório, com tudo que compete, como CNPJ e ter contrato de corretor autônomo.
No Creci-SP, ele precisa apenas registrar a placa de seu escritório, com as abreviaturas que for usar para a sua identificação para o público.
Se for trabalhar home office, ele não precisa abrir empresa, pode atuar como profissional liberal, mas precisa recolher INSS e Imposto de Renda. Outra possibilidade, é avaliar a adesão ao Simples Nacional.
E o que faz um corretor de imóveis autônomo?
Esse profissional vai ter as mesmas atividades de um corretor de imóveis ligados a uma imobiliária ou empreendimento, como conhecer os imóveis, agendar visitas, negociar entre vendedor e comprador, tratar da documentação no fechamento do negócio, etc.
Além disso, o corretor autônomo pode trabalhar em locação ou venda, mas terá que buscar seus próprios clientes.
Para entender como ser um corretor de imóveis autônomo, também é preciso conhecer outros aspectos da atuação independente.
Como trabalhar como corretor de imóveis autônomo?
Então como trabalhar como corretor de imóveis autônomo só tem vantagens? Vamos a elas: a liberdade de fazer o próprio horário, definir quando serão suas folgas, estabelecer suas próprias metas e não ter que lidar com o excesso de cobranças é o que mais motiva a maioria dos profissionais a exercer a profissão de forma autônoma.
Já que o corretor de imóveis ligado a alguma imobiliária ou empreendimento têm um horário a cumprir, plantões, metas a serem alcançadas e relatórios a serem entregues. Existe também uma relação de subordinação a uma hierarquia, como um gerente de vendas, por exemplo.
Então vale a pena ser corretor de imóveis autônomo? Agora vamos a alguns questionamentos.
Por mais que a ideia de trabalhar com independência e flexibilidade seja tentadora, é preciso ter em mente que para ser um corretor imobiliário autônomo é preciso avaliar justamente a ausência de uma rotina fixa e rígida que faz com que algumas habilidades extras sejam necessárias para quem é desvinculado das imobiliárias.
O motivo é simples: muitas pessoas que não são suficientemente disciplinadas para administrar o próprio trabalho e tempo certamente terão problemas de produtividade.
Então, como ser um bom corretor de imóveis autônomo, também depende de certas atitudes para que alguns problemas não apareçam na carreira. Por exemplo, é importante que haja uma divisão bastante clara entre a vida pessoal e profissional, com a determinação de horários específicos para trabalho e descanso.
Por outro lado, os profissionais que têm alta capacidade de adaptação, são organizados, conseguem montar um planejamento e segui-lo à risca podem ser bons prestadores de serviços autônomos. No entanto, essa escolha também apresenta algumas desvantagens. Por isso, é bom pensar e pesquisar muito como ser corretor de imóveis autônomo.
Corretor de imóveis autônomo: desvantagens a serem conhecidas
O corretor autônomo, ao contrário do empregado, precisa saber como encontrar clientes para comprar imóveis por conta própria, além de ser o responsável por todas as etapas da negociação. Ele geralmente não terá a quem recorrer no momento de dúvidas ou na busca de uma possível parceria, por exemplo.
Mas ainda assim, como a tecnologia é cada vez mais avançada, o profissional pode contar com alguns recursos que o ajudarão na sua atuação, como aplicativos para corretores de imóveis e pesquisas em site de corretores de imóveis autônomos.
A filiação com uma imobiliária, por sua vez, é mais indicada para quem trabalha melhor sob orientação. Com essa escolha, o profissional contará com suporte em questões mais burocráticas e também terá mais facilidade para fazer seu networking, montando sua própria rede de referências.
Em suma, a verdade é que, apesar de haver alguma pressão para cumprir metas mensais, o trabalhador filiado pode direcionar seus esforços, concentrando-se apenas em atender necessidades específicas do seu cliente e fechar negócios.
Corretor de imóveis autônomo legislação: retorno financeiro
Um inconveniente de filiar-se a uma imobiliária é o recebimento de comissões menores. É verdade que a porcentagem do valor de cada venda que é repassada para esse profissional varia de acordo com cada empregador, mas existe a certeza de que esse valor nunca será inteiro. Essa desvantagem já não existe quando se é um consultor autônomo.
Segundo tabela de valores fornecido pelo Creci, as comissões de venda para o corretor variam assim:
– 4% a 6% (para empreendimentos)
– 6 a 8% (imóveis urbanos)
– 6 a 10% (imóveis rurais)
– 6 a 8% (imóveis industriais)
– 5% (imóveis judiciais)
No caso do corretor autônomo, quem pagará essa comissão é quem contratou o seu serviço, pode ser o comprador do imóvel, o proprietário, a imobiliária ou outro intermediador.
Ainda que não seja muito comum, é preciso perceber que na atuação do corretores de imóveis também há os profissionais empregados que já contam com um salário fixo, seja qual for o rendimento dos negócios que a imobiliária fechar. Nesse caso, as comissões chegam em forma de acréscimo, complementando a renda desses profissionais.
Por outro lado, ainda que seja vantajoso para o corretor autônomo o recebimento da comissão integral, trabalhar dessa forma pode colocá-lo em uma situação de instabilidade, já que para garantir o seu sustento não poderá deixar de fechar negócios e realizar vendas.
Como ser um corretor autônomo: experiências
Sendo independente ou não, é certo que você aprenderá muito sobre o mercado imobiliário e, ao longo do tempo, conquistará confiança e experiência para empreender ou investir na área.
Um profissional que conta com o suporte de uma imobiliária, por exemplo, já começa a carreira acompanhando a rotina de uma agência. Sendo assim, ele tem a oportunidade de conhecer os tipos de imóvel e regiões mais requisitadas, acompanhando as tendências desse mercado.
Ele também já possui uma cartela de clientes estabelecida, conquistada pela empresa em que trabalha. Assim fica mais fácil analisar as fragilidades, o perfil do público, bem como suas preferências, e já partir para as vendas.
Além disso, esse profissional trabalha com um raio de atuação muito grande e tende a não focar em apenas um setor. Ao contrário do corretor independente, o filiado nem sempre conhece os detalhes e conveniências de um determinado bairro, por exemplo, mas tem uma visão mais diversificada.
O corretor autônomo, por sua vez, precisa procurar e conquistar clientes em diversos lugares antes de começar a estudá-los e fechar vendas. Nesse processo, é comum que ele cometa muitos erros até encontrar a maneira certa de gerir seu negócio.
Apesar de ser obrigado a lidar com esses tropeços, ao trabalhar como corretor de imóveis autônomo, o profissional também costuma conhecer melhor as escrituras para compra ou aluguel de imóveis e elabora a documentação da área administrativa com mais facilidade, já que não conta com nenhum suporte para isso.
Com o tempo poderá até mesmo a ter bons contatos como uma rede de corretores autônomos.
Por fim, todos os corretores, sejam novatos ou experientes, provavelmente se questionarão em algum momento da carreira se vale mais a pena ser autônomo ou vinculado à imobiliária.
Lidar com essa dúvida não é sinônimo de insegurança, mas sim de um comprometimento maior com o próprio trabalho a se oferecer e com o mercado que valoriza esse esforço.
Se você é um bom profissional, com as características necessárias, ser um corretor autônomo te trará um maior retorno financeiro, e mais comodidade no dia a dia. Como você pode ver, as duas opções apresentam vantagens e desvantagens, por isso essa reflexão é importante.
O certo também é que em qualquer um dos casos é importante buscar conhecimento, formação e atualização constante. A internet fornece muito material de pesquisa, até mesmo sites para corretores autônomos.
E você, entendeu corretor de imóveis autônomo, como funciona, ou sendo filiado uma empresa ? Qual opção lhe parece mais promissora para a sua carreira? Compartilhe a sua opinião conosco nos comentários!